Missão:

“ Gerar o bem comum, promover a evolução da Mente e a Transformação virtuosa das pessoas, qualificando e oferecendo a Caridade através da formação Moral e da harmonização e equilíbrio corporal. “

Geraldo III

São Geraldo de Majela

Nasceu no dia 6 de abril de 1726 em Muro, ao sul de Nápolis na Itália. Seu pai Domingos Majela era um simples alfaiate, piedoso e honesto. Sua mãe Benedita Gadelha ensinou-lhe o imenso amor de Deus que não conhece limites. Desde sua tenra infância Geraldo revelava grande inclinação para a vida espiritual. Depois da morte do pai quando contava 10 anos de idade, foi trabalhar como aprendiz de alfaiate na oficina do mestre Sr. Martinho Panutti, criatura dotada de elevados sentimentos, tratando Geraldo como um filho. No entanto seu sócio era um homem cruel, tratando Geraldo com ódio e violência, mas Geraldo suportava tudo com grande paciência e resignação. Quando completou 14 anos de idade resolveu dedicar-se definitivamente à vida espiritual A primeira tentativa foi de ingressar em um convento dos Capuchinhos que existia nas proximidades da cidade de Muro, no entanto devido a sua fragilidade física não pode ser admitido. Para compensar a tentativa frustrada de tornar-se religioso, aceitou o convite para trabalhar como empregado do Bispo de Lacedogna apesar dos pedidos de seus amigos para que não aceitasse devido ao gênio irascível do Bispo. Mas Geraldo foi capaz de suportar com paciência e amor a sobrecarga de trabalho, os ímpetos de ira e as constantes repreensões do Bispo, até o desenlace deste em 1744 quando aos 18 anos Geraldo retornou a sua terra natal. Em 1745 com 19 anos montou uma alfaiataria. Seu negócio prosperou, mas ele não ganhou muito dinheiro. Guardava o que era necessário para sua mãe e suas irmãs, e dava o resto aos pobres. Por volta de 1749 chegaram a Muro um grupo de 15 missionários da CONGREGAÇÃO DO SANTÍSSIMO REDENTOR, ocupando as três paróquias da pequena cidade. Geraldo seguiu cada detalhe da missão e decidiu que aquela devia ser a sua vida. Pediu para ingressar no grupo missionário, mas o Pe.Cafaro, o Superior recusou-o por motivo de saúde. Tanto importunou os padres, que, ao deixarem a cidade, o Pe. Cafaro sugeriu à sua família que o trancasse no seu quarto. Usando uma corda feita de lençóis, Geraldo conseguiu fugir de seu quarto e seguir o grupo de missionários, após uma caminhada de 19 quilômetros conseguiu alcança-los e pedir: “Aceitem-me, me dêem uma chance, depois me mandem embora se eu não for bom”. Diante de tamanha persistência Pe.Cafaro não pode senão consentir. Mandou Geraldo para a comunidade redentorista de Deliceto com uma carta em que dizia: “Estou mandando um outro irmão, que será inútil quanto ao trabalho”. Geraldo sentiu-se absolutamente satisfeito com a forma de vida que Santo Afonso, fundador dos Redentoristas, traçou para os seus religiosos. Ficava radiante ao constatar como era central o amor a Jesus e como era essencial o amor a Maria mãe de Jesus. Dias após sua chegada ao convento, convenceram-se todos da Irmandade de que, longe de ser um irmão inútil e apenas um jovem piedoso, Geraldo era um excelente homem de trabalho, que desempenhava todos os serviços com prontidão e presteza, como se gozasse uma saúde de ferro. Professou os primeiros votos na data de 16 de julho de 1752, que, conforme ele ficou sabendo com alegria, era a festa do Santíssimo Redentor e também o dia de Nossa Senhora do Carmo. Geraldo era um excelente trabalhador, e nos anos seguintes foi por diversas vezes jardineiro, sacristão, alfaiate, porteiro, cozinheiro, carpinteiro e encarregado das obras da nova casa de Caposele. O que demonstra a sua grande capacidade e rapidez na aprendizagem.Visitando a oficina de um escultor, logo começou a fazer crucifixos. Tinha apenas uma ambição: fazer em tudo à vontade de Deus. Geraldo tinha o hábito de cultivar o reconhecimento de espírito. Essa união com Deus era tão intensa que se transformava muitas vezes em êxtase, privando-o totalmente dos sentidos. Às vezes bastava a vibração de uma imagem, uma palavra piedosa para arrebatá-lo do mundo dos sentidos em prolongado arroubo estático. Não aspirava ele aos êxtases e consolações, mas sim ao cumprimento integral e perfeito da vontade de Deus. “Ó vontade de Deus, ó vontade de Deus”, exclamava ele, ‘ quão feliz é quem entende não querer outra coisa senão o que Deus quer”. O crucifixo era o objetivo predileto de sua meditação. A devoção a Virgem Maria, tornou-se cada vez mais tenra e perfeita. A seguir, alguns ensinamentos e fatos prodigiosos relacionados à vida de nosso amado Irmão e Mestre Geraldo: “O homem jamais deveria dizer “eu me humilho”, pois quem assim fala já se tem na conta de alguma coisa”; “Senhor daí-me força para observar fielmente a vossa lei; Se eu tivesse a desgraça de desviar-me dela por um triz, em breve dela me afastaria muito, porquanto deixais cair em graves faltas a quem levianamente despreza pequenas culpas”; Certa vez veio ter com ele um jovem atacado de um cancro incurável na perna, e que a par do sofrimento que lhe vinha causando, se viu na dura necessidade de mendigar para assegurar o seu sustento, já que a doença o impossibilitou de trabalhar. Geraldo desatou com as próprias mãos as ataduras e viu o pé corroído por asqueroso cancro. Abaixou-se, colou os lábios à chaga e vencendo a natural repugnância, sugou o asqueroso conteúdo e disse: “Confie em Deus, meu irmão. A tua chaga será curada". As dores desapareceram instantaneamente. Geraldo deu-lhe uma esmola e despediu-se. Na manhã seguinte a ferida estava completamente fechada, como Geraldo predissera. Geraldo era austero consigo mesmo, um modelo de caridade fraterna, auxiliando sempre os irmãos leigos seus companheiros de trabalho e na convivência com os demais irmãos templários, dando sempre provas de atenção, cordialidade e gentileza. Sempre dedicou especial atenção e caridade aos mais necessitados e doentes no corpo e aos bens voltados para a evolução espiritual das pessoas. Percorreu vários povoados, aldeias e cidades distribuindo ricos tesouros de ensinamentos espirituais em paga das esmolas que recebia. Embora obrigado a entrar em contato com os ruídos do mundo, não se deixava envolver. Conservava-se sempre o mesmo homem simples, pobre e amável. No dia 15 de outubro de 1755 aos 29 anos fez sua viajem de retorno à Casa do Pai.