Missão:

“ Gerar o bem comum, promover a evolução da Mente e a Transformação virtuosa das pessoas, qualificando e oferecendo a Caridade através da formação Moral e da harmonização e equilíbrio corporal. “

Geraldo III

Jornal de Março de 2020



Uma lenda Hindu


         "Houve um tempo em que todos os homens eram deuses. Mas eles abusaram tanto de sua divindade que Brahma, o Mestre dos Deuses, tomou a decisão de lhes retirar o poder divino: resolveu escondê-lo em um lugar onde seria absolutamente impossível reencontrá-lo.
         Mas o grande problema era encontrar um esconderijo. Brahman convocou, então, um conselho dos deuses menores para resolver o problema.
— "Enterremos a divindade do homem na terra" foi a primeira ideia dos deuses.
– "Não, isso não basta, pois o homem vai cavar e encontrá-la", respondeu Brahman.
         Então os deuses retrucaram:
– "Então, joguemos a divindade no fundo dos oceanos".
         Mas Brahman não aceitou a proposta, pois achou que o homem, um dia iria explorar as profundezas dos mares e recuperaria.
         Então os deuses menores concluíram:
– "Não sabemos onde escondê-la, pois não existe na terra ou no mar lugar que o homem não possa alcançar um dia".
         Então Brahman, sem saber mais o que fazer, recorreu à sabedoria do Grande Deus Mahadeva, o Senhor Shiva.
– "Eis o que vamos fazer com a divindade do homem", falou Mahadeva:
         "Vamos escondê-la nas profundezas dele mesmo, pois é o único lugar onde ele jamais pensará em procurá-la. O único caminho que o tornará capaz de reencontrar este poder, será através de Jñana (Conhecimento). Mas não será tão fácil, ele terá que driblar o poder de Maya (Ilusão) e de Anava (Egoísmo), e, para isso, terá que reaprender a controlar a mente e os sentidos, observando a Lei do Karma (Causa e Efeito).
         Então Brahman ordenou que fossem criados os primeiros ashrams e as primeiras escolas de yoga e meditação.
         Mas mesmo assim, conclui a lenda, o homem continua dando voltas na terra, voando, explorando e sendo explorado, escalando, mergulhando e cavando, em busca de algo que se encontra simplesmente, dentro dele mesmo."


Sabedoria Indígena


         “Diz a sabedoria indígena que quando não cumprimos aquilo que prometemos, o fio de nossa ação que deveria estar concluída e amarrada em algum lugar fica solto ao nosso lado. Com o passar do tempo, os fios soltos enrolam-se em nossos pés e impedem que caminhemos livremente… ficamos amarrados às nossas próprias palavras. Por isso os nativos tem o costume de: “por-as-palavras-a-andar” que significa agir de acordo com o que se fala; isso conduz à integridade entre o pensar, o sentir e o agir no mundo e nos conduz ao Caminho da Beleza onde há harmonia e prosperidade naturais.” Sabedoria Indígena.


Quem é o obsessor



Karol Veiga

         Muitas pessoas religiosas acreditam em espíritos malignos, demônios e obsessores.
         Essas seriam entidades espirituais que podem nos prejudicar e sugar nossas energias.
         No entanto, muitas vezes nós mesmos somos os obsessores das outras pessoas.
         Somos os obsessores quando desejamos fazer prevalecer nossas idéias e impor nossas verdades a outrem.
         Somos os obsessores quando criticamos, julgamos o condenamos o outro sem pleno conhecimento de causa.
         Somos os obsessores quando temos ciúmes e queremos obter a posse do outro.
         Somos os obsessores quando batemos o pé e forçamos o outro a seguir a nossa vontade.
         Somos os obsessores quando exigimos que o outro faça por nós algo que nos cabe fazer.
         Somos os obsessores quando desejamos vencer uma discussão, instituir nossas verdades e firmar nosso ponto de vista.
         Somos os obsessores quando burlamos o livre arbítrio alheio e o fazemos trilhar o caminho que nós julgamos correto.
         Somos os obsessores quando tentamos ajudar sem nos preocupar no que é melhor para o outro, mas sim seguindo apenas o que nós acreditamos ser o melhor.
         Somos os obsessores quando desejamos comprar o afeto das pessoas com presentes, regalias, benesses e mimos, esperando sempre algo em troca.
         Somos os obsessores quando não permitimos que o outro cresça, se desenvolva, para não se tornar melhor do que nós.
         Somos os obsessores quando fazemos tudo pelo outro e não permitimos que ele faça, erre e aprenda sozinho.
         Somos os obsessores quando vomitamos um longo falatório desordenado e fútil acreditando que o outro tem obrigação de nos ouvir.
         Somos os obsessores quando não damos espaço para o outro, o prendemos, o sufocamos, podamos seus movimentos, cobramos, oprimimos, sem permitir sua independência.
         Somos os obsessores quando acreditamos que o outro deve corresponder aos nossos padrões, nossos modelos, nossa religião, nossos costumes, nossas crenças e nosso ideal de ser.
         Somos os obsessores quando geramos milhares de conflitos, discórdias e desunião, quando criamos confusão, intrigas, fofocas e distorcemos a realidade para prejudicar o outro.
         Somos os obsessores quando dissemos uma coisa ao outro e fazemos outra, enganando, omitindo e dissimulando.
         Somos os obsessores quando vivemos reclamando e acreditamos que o outro tem obrigação de aguentar nossas lamúrias.
         Somos os obsessores quando elogiamos para manipular, louvamos para enganar, enchemos o ego do outro para confundi-lo a fazer o que queremos.
         Somos os obsessores quando fazemos do outro a nossa vida e depois ficamos magoados quando ele se afasta deixando um buraco em nosso peito, um vazio existencial e uma profunda infelicidade.
         Procure a vida em ti mesmo.
         Não seja mais um obsessor do outro.
         Não dependa de ninguém para ser feliz.
         Não fique sugando as pessoas.
         Não acredite que o obsessor é sempre o outro…
         Há sempre algo de obsessor em nós mesmos.
 Não Existe o dar errado



(Hugo Lapa)
Via: Despertar o Divino

         Em nome de nossa felicidade e de nossa paz, precisamos compreender que não existe nem o “dar certo” e nem o “dar errado” em nossa vida, pois tudo o que nos acontece tem como propósito a nossa evolução.
         Sim, a evolução é a palavra chave de tudo o que nos acontece…
         Quando uma pessoa diz que sua vida está dando errado, isso não é verdade.
         A inteligência da vida está nos estimulando à evolução, está nos forçando ao aprendizado, está permitindo que pratiquemos o desapego, está nos ensinando o despossuir, que Jesus já havia nos ensinado e nunca colocamos em prática (apesar de nos dizer cristãos).
         “Não acumuleis para vós tesouros na Terra”.
         Quando a vida está supostamente dando errado, na verdade tudo está dando certo, pois no universo de Deus não existe o “errado; não existe o “desvio”; não existe algo que esteja fora do lugar; não existe o “desperdício”; tudo é aprendizado, tudo é amadurecimento, tudo é desapego, tudo é evolução.
         Não existe o caos… pois o caos nada mais é do que uma forma ordem que ainda não conseguimos compreender.
         Também não existe o acaso, pois o acaso nada mais é do que uma lei ainda não entendida pelo ser humano. Tampouco há escuridão… existe apenas nossa incapacidade de enxergar a luz que tudo permeia.
         Nada dá errado em nossa vida, pois não existem erros na criação divina. Tudo é aproveitado, tudo é útil, tudo nos eleva.
         Não existe o fim de algo… existe o início de uma outra coisa.
         Não existe a perda… existe o despossuir e o desapego que nos conduz à liberdade. Como diz a máxima de sabedoria de vida: “Quem perde o telhado, ganha as estrelas”.
         Não existe o erro, existe o aprendizado. Não existe o desvio do que deveria ser… existe apenas uma mudança de rumo.
         Não existe o pior, pois sempre acontece o que é melhor para nosso desenvolvimento interior.
         Não existe a barreira que nos atrapalha, mas sim o obstáculo que estimula nossa superação em transpor esse obstáculo.
         Não existe a crise, existe a oportunidade.
         Não existe o fechamento de caminhos, existe a abertura de um leque de novas possibilidades.



         Não existe o mal… existe a transformação do nosso ser a partir das adversidades.
         Já dizia Lavoisier, na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.
         O ser espiritual também se transforma sempre… por isso não existe o “dar errado” na vida.
         Da mesma forma, não existe a cruz pesada, existe a cruz que trabalha nosso braço para que nos tornemos mais fortes.
         Tornando-nos mais fortes, a cruz se torna mais leve e quase não pesa mais.
         Nem mesmo existe a morte… existe apenas uma passagem para uma nova vida, o renascer dentro de uma nova realidade.
         Ninguém se perde nos caminhos da vida, pois quem se perde em um lugar, se encontra em outro lugar. Não existe a escuridão… existe a luz que a inteligência da vida nos ensina a ver em todas as coisas.
         Assim, não existe o “dar errado”… existe o desenvolvimento, o aperfeiçoamento, o aprendizado e evolução eterna do espírito, na imorredoura e inexorável jornada do ser.


Salmo  1

         1 Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
         2 Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
         3 Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.